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terça-feira, 11 de agosto de 2009

ATAQUE A SITES REVELAM VULNERABILIDADE DA WEB

Casos recentes mostram que confiar totalmente nos serviços online pode trazer prejuízos ao usuário
Falhas no serviço de banda larga Velox em Fortaleza, site de microblogs Twitter fora do ar, rede social Facebook com acesso prejudicado, serviço de correio eletrônico Gmail inacessível... Essa lista de problemas recentes - os três últimos foram registrados na semana passada - afetaram, em níveis diversos, a rotina de milhões de pessoas que costumam acessar ou dependem do acesso à internet e de seus serviços diariamente. Mais do que uma interrupção temporária, a série de "apagões" digitais joga uma luz de alerta sobre o quanto temos nos tornado dependentes - até mesmo sem darmos conta - de que tudo deve funcionar bem no mundo virtual para não termos atropelos no mundo real.
Na última quinta-feira, foi também a vez do Gmail deixar seus usuários - que são mais de 113 milhões em todo o mundo, segundo a comScore - sem enviar ou receber e-mails durante cerca de 30 minutos. De outubro do ano passado até hoje, o serviço de correio eletrônico do Google já ficou indisponível para seus usuários em pelo menos oito ocasiões. A maior interrupção se deu entre 23 e 24 de fevereiro deste ano, quando o Gmail ficou fora do ar para todos os seus 113 milhões de usuários por cerca de três horas. Para quem usa o serviço em suas atividades profissionais, interrupções como essa podem causar até prejuízos financeiros.
Incentivo à dependência
Somam-se às reclamações de usuários sobre a indisponibilidade temporária do acesso aos e-mails, os relatos de usuários do Gmail que garantem já ter perdido todas as mensagens da sua caixa de entrada de forma inexplicável. Esse potencial de perda tem sido amplificado com o crescente espaço de armazenamento que os serviços online oferecem. No caso do Gmail, são mais de 7,3 Gigabytes à disposição de quem confia ao Google todas as suas informações, entre mensagens e arquivos anexos. A empresa, inclusive, incentiva essa "comodidade" na página inicial do Gmail, ao propagar que "você nunca mais vai precisar excluir outra mensagem".
Um fato emblemático de como o usuário pode ser pego de surpresa e frustrar-se com a interrupção dos serviços dos quais depende no dia a dia aconteceu na semana passada. Ao ficar sem acesso ao Gmail, muitos usuários procuraram manifestar a frustração reclamando do Google em suas páginas no Twitter. Mas, para sua surpresa, ele também estava fora do ar.
No site que relata o estado do Twitter na web (status.twitter.com), uma mensagem avisava que o serviço estava sendo alvo de ataques do tipo "negação de serviço". Esse tipo de ataque, por parte de algum cracker (hacker mal intencionado), sobrecarrega o servidor do site com um grande número de acessos com a finalidade de tirá-lo do ar. A rede social Facebook, com mais de 250 milhões de usuários em todo o mundo, também foi vítima dos ataques e engrossou o contingente de usuários desconectados.
Depois do "blecaute", a insatisfação de muita gente estava lá exposta nas páginas do Twitter. "Não aguento mais ver essa mensagem ´Ops... Ocorreu um erro de servidor e seu e-mail não foi enviado´", desabafou o estudante baiano Ugo Barbosa de Mello. Mas o problema não era sentido somente no Brasil. "O Twitter quebrado não é problema para mim. O Facebook está instável, sem problema, mas o Gmail também!?!?", reclamou o usuário Dustin Shey, do Irã. No Quênia, a advogada e ativista Ory Okolloh também reclamava do seu dia improdutivo sem o serviço de e-mail. "O Gmail está recusando anexar meus documentos. Eu já estava tendo um dia de baixa produtividade, não preciso disso", escreveu. Já o webdesigner cearense Adriano Macêdo gostou de experimentar o dia atípico na internet. "Como o dia de trabalho foi mais proveitoso sem o Twitter. Deveria cair mais vezes", escreveu, por ironia, no Twitter.
FIQUE POR DENTRO
Como aconteceram os ataques aos sites
O ataque de "negação de serviço" (DoS - Denial of Service)que tirou de operação na semana passada sites como o Twitter, Facebook e Live Journal, consiste em fazer com que os PCs zumbis (máquinas infectadas e sob comando de algum cracker, um hacker do mal) se preparem para acessar no mesmo instante um determinado recurso em um determinado servidor. Como os servidores possuem um número limitado de usuários que pode atender simultaneamente ("slots"), o grande e repentino número de requisições de acesso esgota esse número de slot, fazendo com que o servidor não seja capaz de atender a mais nenhum pedido. Dependendo do recurso atacado, o servidor pode chegar a reiniciar ou até mesmo ficar travado.


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